Não há dúvidas de que quando se trata de doces, refrigerante e outros alimentos pouco saudáveis saber falar ‘não’ aos pequenos é importante para o seu bem-estar. Por mais difícil que isso seja. Quem tem filhos sabe como são complicados aqueles momentos de escândalos e gritos das crianças pedindo algo.

Apesar disso, há fatores externos que contribuem muito para que os filhos queiram esses alimentos que fogem ao controle das famílias. Recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), “Ending Childhood Obesity” (“Acabando com a Obesidade Infantil”, em tradução livre), aponta o marketing de produtos pouco saudáveis como um fator decisivo entre as causas da obesidade infantil no mundo. Em outras palavras: a criança é educada pelo mercado a querer determinado produto, e aí sobra para as famílias a difícil missão de falar ‘não’.

E motivos para a obesidade infantil preocupar famílias, médicos e gestores públicos não faltam: o sobrepeso na infância pode causar precocemente doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto. Dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - trazem o alerta vermelho: uma a cada três crianças de até cinco anos no Brasil pesa mais do que deveria.

O hábito alimentar dos pequenos não será construído e nutrido por meio de uma relação entre pais e filhos pautada na negativa. Muito pelo contrário. É a partir do exemplo, da convivência e do envolvimento da criança, junto de sua família, desde cedo, no momento do “comer” que fará a diferença.

A consultora em alimentação infantil Mayra Abbondanza sugere que o melhor caminho para educar os filhos a comer de maneira saudável e equilibrada é criar oportunidades para envolvê-los e incluí-los no momento e no ato de comer diariamente.

“A criança olha o prato e fala 'não quero', mas ela não sabe o que é, não é algo que ela entende, concorda, ela não participou. Acho legal a criança sentar com a mãe e com o pai e participar da decisão da compra, do menu, e também de ajudar a por e tirar a mesa. Acho bacana quando a criança é convidada a montar o prato, dessa forma ela está participando”, explica a consultora.

Na  Campanha Obesidade Infantil Não da Amil, o intuito é empoderar as crianças sobre as decisões relativas à sua alimentação. Em um divertido vídeo, os pequenos são convidados a se transformarem em super-heróis, e combaterem o vilão da obesidade. Elas usam seus superpoderes para transformar batatas fritas e outras comidas gordurosas em alimentos naturais e saudáveis.

Então, fica o convite: que tal chamar seu filho a se tornar um super-herói para combater, junto com você, a obesidade infantil e construir uma rotina familiar com alimentação mais saudável no prato de todos?

Confira: https://youtu.be/QeViPhhzMyM